Assim como Penélope
Meu amor se foi um dia
Levado pela dúvida
E pela falsidade
Não resistiu ao meu olhar de verdade
Nem ao meu carinho tão seu
O meu amor se foi
Numa madrugada
Sombria
E me deixou
À beira do cais
Num suspiro de saudade
Nem olhou para trás
Terá sido pura maldade?
Terá sido fragilidade?
Covardia?
Se voltasse o seu olhar
Em direção ao meu
Talvez
Entendesse
Que o meu olhar “não era de adeus”
Quem sabe percebesse
Que a Penélope
Que há em mim
Não abriria mão de seu Ulisses
Não permitiria que nenhuma Troia
O apartasse de mim
Mas o seu olhar não se voltou
Em minha direção
E o barco partiu
Para bem longe
Deixando em frangalhos
Meu coração
O que espera encontrar
Nas terras distantes,
Meu Ulisses?
Por acaso não ouviu o anúncio da cotovia?
Não se lembra
Quando envolto nos braços meus
Jurou ser apenas o meu Odisseu
e jamais
Fugir de nós dois?
Agora
Aqui no cais do porto
Vendo sua imagem sumir ao longe
O que me vem à mente
Não é descrença
é ainda uma maior esperança
No retorno do meu amor
E sei que
De que maneira for
Ficarei a sua espera
Não como uma namoradeira na janela
Impassível e sem vontade
Serei apenas uma Penélope
Moderna
E tecerei uma linda colcha
De fios coloridos e brilhantes
Dia e noite
Noite e dia
E assim despistarei
Meus pretendentes
Que se atreverem
A ocupar o seu lugar
Ah,uma mulher amorosa
Também é uma guerreira
usa e abusa de artifícios
Não abre mão de uma paixão
Quando a alma se entrega inteira
Não se torna refém da tristeza
Pelo abandono ocasional
Pois sabe que o seu Ulisses
Não encontrará mulher igual
Serei sim
Sua Penélope
Proporei novos desafios
Ao ardil revelado
E verei um por um dos guerreiros
Sendo vencidos
Pela prova
Até que
De volta a nossa Ítaca
O meu Ulisses me venha
Com toda força e coragem
E ainda mais crente
Num amor que é pra sempre
E a manta por mim tecida
Será a prova definitiva
Que um sentimento verdadeiro
Não sobrevive de aventuras
Não olvida de todas as juras
Trocadas sob o luar
E mesmo que outras Helenas
Apareçam
E o meu herói tenha que resgatá-las
Meu Ulisses nunca mais de mim
Se apartará
Com o coração anuviado
Com o pensamento atordoado
Pois nenhum senão
Existirá entre nós dois
Meu amor se foi um dia
Levado pela dúvida
E pela falsidade
Não resistiu ao meu olhar de verdade
Nem ao meu carinho tão seu
O meu amor se foi
Numa madrugada
Sombria
E me deixou
À beira do cais
Num suspiro de saudade
Nem olhou para trás
Terá sido pura maldade?
Terá sido fragilidade?
Covardia?
Se voltasse o seu olhar
Em direção ao meu
Talvez
Entendesse
Que o meu olhar “não era de adeus”
Quem sabe percebesse
Que a Penélope
Que há em mim
Não abriria mão de seu Ulisses
Não permitiria que nenhuma Troia
O apartasse de mim
Mas o seu olhar não se voltou
Em minha direção
E o barco partiu
Para bem longe
Deixando em frangalhos
Meu coração
O que espera encontrar
Nas terras distantes,
Meu Ulisses?
Por acaso não ouviu o anúncio da cotovia?
Não se lembra
Quando envolto nos braços meus
Jurou ser apenas o meu Odisseu
e jamais
Fugir de nós dois?
Agora
Aqui no cais do porto
Vendo sua imagem sumir ao longe
O que me vem à mente
Não é descrença
é ainda uma maior esperança
No retorno do meu amor
E sei que
De que maneira for
Ficarei a sua espera
Não como uma namoradeira na janela
Impassível e sem vontade
Serei apenas uma Penélope
Moderna
E tecerei uma linda colcha
De fios coloridos e brilhantes
Dia e noite
Noite e dia
E assim despistarei
Meus pretendentes
Que se atreverem
A ocupar o seu lugar
Ah,uma mulher amorosa
Também é uma guerreira
usa e abusa de artifícios
Não abre mão de uma paixão
Quando a alma se entrega inteira
Não se torna refém da tristeza
Pelo abandono ocasional
Pois sabe que o seu Ulisses
Não encontrará mulher igual
Serei sim
Sua Penélope
Proporei novos desafios
Ao ardil revelado
E verei um por um dos guerreiros
Sendo vencidos
Pela prova
Até que
De volta a nossa Ítaca
O meu Ulisses me venha
Com toda força e coragem
E ainda mais crente
Num amor que é pra sempre
E a manta por mim tecida
Será a prova definitiva
Que um sentimento verdadeiro
Não sobrevive de aventuras
Não olvida de todas as juras
Trocadas sob o luar
E mesmo que outras Helenas
Apareçam
E o meu herói tenha que resgatá-las
Meu Ulisses nunca mais de mim
Se apartará
Com o coração anuviado
Com o pensamento atordoado
Pois nenhum senão
Existirá entre nós dois