Noites frias...
Noites frias, lentas e caladas
Janelas estão sempre fechadas
Guardando suspiros de solidão
Lá fora, uma negra escuridão!
Aqui dentro, uma longa espera
O tempo? Ah! Demora...
Deito no lençol inviolado
Sem movimentos alucinados...
Meus braços abraçam o vazio!
Minha boca beija meu suplício!
Falta você...
Vivo um amor sem amor,
Choro lágrimas sem dor,
Escrevo versos sem poesia,
Ouço música sem melodia,
Vejo mais um dia alvorecer...
Janelas estão sendo abertas,
E nas ruas ainda desertas,
Paira um silêncio impiedoso!
Ouve-se apenas o rogar fervoroso...
Oh! Doces brisas entrem, e levem...
As tristezas do meu viver...!
Amém...