VERSOS DE AMOR
(Sócrates Di Lima)
Não me motiva versos tristes,
Nem tão pouco quero escrevê-los,
Versos nostálgicos não me abre apetites,
Para poder na alma mantê-los.
Quero escrever versos alegres,
De sorrisos exemplares,
Mesmo que o pensamento não os regres,
Segui-los me aguça paladares.
Verso de amor entre estrelas,
Versos orvalhados em flor,
Que os olhos assim possam ve-las,
Cântaros de prazer sem dor.
Meus versos d'amor,
Que meu coração permeiam,
Tem sabor de licor,
Que os desejos saboreiam.
Versos dela para mim,
Meus versos para ela,
São versos de amor assim,
Meus e de Marcella.
Porquanto, canto, pelos quatro cantos,
E cantando vou sorrindo meus versos,
Espalhando fragrâncias em mantos,
Que protegem nossas almas dos reversos.
É pra ela minha lira,
Meu copos de lírios,
Que dos campos meu pensamento tira,
Para entregar-lhe em suspiros.
Versos de saudades,
Do agora há pouco,
Versos de intensidades,
Com objetivo e foco.
E assim, focado nesse amor de nós,
Abro, reabro e escancaro sem pudor,
Os desejos loucos quando estamos a sós,
Fazendo reais nossos versos de amor.