Uma Deusa

Amar é correr o risco de não ser amado.

(Anônimo)

Ó, Haifa de Ébano,

Das belas invejada!

Vai à mulher que amo,

Visita a minha amada.

Vê s‘está no berço,

Uma canção de ninar ouvindo.

Ou pensando no preço,

Pra minha lembrança, sorrindo.

Ó, Haifa de Ébano,

Das musas, invejada!

Vai à mulher que amo,

Visita a minha amada.

Vê seus suspiros quais são,

A quem vai dar alento;

Quem beijou-lhe o coração.

Por favor, estou sedento.

Ó, Haifa de Ébano,

Das ninfas, invejada!

Vai à mulher que amo,

Visita a minha amada.

Vê que nome murmura,

Que doces notas produz.

Em quem pensa aquela pura?

A quem alumia aquela luz?

Ó, Haifa de Ébano,

Das estrelas, invejada!

Vai à mulher que amo,

Visita a minha amada.

Diz pra ela que há um ano

Sofro de um amor profano,

Por não saber como dizer:

Receba minha devoção, meu ser.

Ó, Haifa de Ébano,

Das divindades, invejada!

Vai à mulher que amo,

Visita a minha amada.

Pergunta como que faço —

Uma Linda conquistar.

Pergunta como que faço —

A sua morada alcançar.

Ó, Haifa de Ébano,

Das Vênus, invejada!

Vai à mulher que amo,

Visita a minha amada.

Eu pobre poeta —

Que assim me sinto —

De amores impossíveis, cantador.

Eu pobre poeta —

Que deveras sinto —

Dores e cicatrizes, fingidor.

Ó, Haifa de Ébano,

Por tantos cobiçada!

Vem a este fulano,

Tu és a minha amada.

Alex Xela Lima
Enviado por Alex Xela Lima em 07/07/2013
Código do texto: T4376676
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.