“Olhos que amei.”
Que olhos são esses!
Que sonham fechados.
Em busca de aventura.
Na mais profunda tristeza.
Que olhos são esses!
Que encanta uma vida,
Na própria luz consumida,
Na canção de uma chama.
Esquecida descansa.
Com olhar pousado em mim.
Que olhos são esses!
São os olhos do céu.
Que estão perto de mim,
Como eu soubesse,
Que o palpitar das estrelas,
Inspira iluminando os seus olhos,
Para mim.
Que olhos são esses!
Ora abranda, ora fulgia.
E que param de repente no ar.
E que olhos foram esses,
Que descansam no infinito,
Que parece que sabia,
Que a vida chegava no fim.
E que olhos foram esses!
Que enfermo, tão deserto.
Dormiu tranquilo,
Em uma noite misteriosa.
E foi conhecer os olhos de Deus.
Que olhos foram esses!
Que consumiu minha existência.
Na Divina Providência.
Me ensinaram que o mundo,
É um divino poema.
Que desfila entre as estrelas,
Rodando olhando a lua.
E num grito eu desperto.
Os seus olhos eu vejo.
Na parede do meu quarto
Olhando para mim.
Neire Luiza Couto 30/06/2013