DONZELA
Donzela...
Presenteia-me, com um segundo do teu olhar!
Faz desse moribundo, um príncipe sob o luar
Ah! Como és bela!
Tua voz... és uma canção angelical
Teu perfume, um delírio...
Teus lábios... deveras sensuais...
Teu rosto, um néctar de perfeição
Tua pele, macia como seda especial!
Tuas mãos... tens, um toque em desvario
Tua silhueta... és, de bonecas industriais
Teu escravo... meu coração!
Oh! Donzela... linda e encantada
Dai-me, um só minuto de tua atenção!
Deixai, esse plebeu enobrecer-se, em satisfação
Dai-me, uma piscadela que seja, que eu sigo minha estrada...
Oh! Minha princesa... querida donzela...
És, para mim, uma luz, uma estrela!
Posso não ser digno, de frequentar vossa vanguarda...
Mas, saibas... que meu amor por ti, és uma fonte perene, exacerbada!
Não ando de carruagem... tampouco, moro em castelo da nobreza
Mas, tenho deveras coragem... e liberdade, como minha riqueza!
De teu cárcere... disfarçado de lar
Nunca ninguém, poderás amar!
Submissa, tens teu castigo e infortúnio
Apenas reduzido à janela... és, o seu território!
Sou filho do mundo...
Sou um pássaro esvoaçante
Um coitado errante!
Mas, também, um bom amante!
Dai-me uma chance, de fazê-la feliz
Montas no meu coitado, que não és corcel domado
Mas, que lhe servirás de condução... longe de tua vida de meretriz!
Antes que chegue... teu rufião proxeneta zangado!
És linda e juvenil!
“Moçoila” aparentada
Mas, que de coitada não tem nada!
Sejas esperta e segues esse varonil
Prometo-lhe apenas: muito amor, um teto e pão
No entanto, é melhor que “comer na mão”
Monta-te nesse pangaré, se quiser viver!
Porquê, o que eu não quero é morrer!!!
Eta! Camélia danada!
“Joga tudo pro alto” e segue logo minha jornada!...