SAUDADE


Em minha alma sedenta,
Trago um desejo ardente,
Que do teu amor se alimenta,
Uma paixão resplandecente...

A tua saudade castiga os meus dias,
Nas horas que chegam rastejantes,
Assim componho tristes melodias,
Nas longas tardes agonizantes...

Um pálido tédio me domina,
Como se fosse uma serpente,
Envenena e ao mesmo tempo fascina,
Inspirando uma canção plangente...

Depois dessa cruel tormenta,
O sol há de brilhar novamente,
Sublime amor que só aumenta,
Tal qual a lua crescente...