INQUIETANTE RENASCER

Saudades do que não sei o que é

Como sonho sonhado ao acordar

O fulcro espectral de densos desejos

A anatomia de uma visceral vontade

Onde percorro todas as tuas vertentes

Saboreio todas as tuas transversalidades

Que amiúde sutilmente invade meu íntimo

Pela disrupção oriunda de teu longínquo olhar

E a peremptoriedade que pede esta consumação

Saudades do que não sei o que é

Quando se pode sentir e pressentir o incorpóreo

No preâmbulo desse inquietante renascer

Atinente á semente pelo acaso neste solo lançada

Obra de nossas almas difluentes nos campos íntimos

Aonde flertamos com todas nossas possibilidades

Sem temor aos inóspitos desfiladeiros das incertezas

Quando um ao outro se torna nosso único desiderato

No candente amanhecer de sentimentos prementes

Não há espaço para rés pensamento em si apequenado

Pois não há cizânia onde abunda a verdadeira atração

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 11/06/2013
Código do texto: T4336322
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