INQUIETANTE RENASCER
Saudades do que não sei o que é
Como sonho sonhado ao acordar
O fulcro espectral de densos desejos
A anatomia de uma visceral vontade
Onde percorro todas as tuas vertentes
Saboreio todas as tuas transversalidades
Que amiúde sutilmente invade meu íntimo
Pela disrupção oriunda de teu longínquo olhar
E a peremptoriedade que pede esta consumação
Saudades do que não sei o que é
Quando se pode sentir e pressentir o incorpóreo
No preâmbulo desse inquietante renascer
Atinente á semente pelo acaso neste solo lançada
Obra de nossas almas difluentes nos campos íntimos
Aonde flertamos com todas nossas possibilidades
Sem temor aos inóspitos desfiladeiros das incertezas
Quando um ao outro se torna nosso único desiderato
No candente amanhecer de sentimentos prementes
Não há espaço para rés pensamento em si apequenado
Pois não há cizânia onde abunda a verdadeira atração
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