VIROTICAMENTE AMOR(autodivã)
O amor não avisa quando vem
Ele simplesmente se achega de surpresa
Alastra-se como um vírus contagioso
Já instalado ele não se sabe ficar calado
Reclama o ser amado o tempo todo
De um jeito desenfreado, quase alado
E mesmo sem ter consciência e coerência
É taxativo, não quer saber de abstinência
Quer apenas ser alvo, são e salvo, não quer pingos
Nem respingos, nem trocados, nem migalhas
Só ambiciona a saciedade de sua carência que aumenta
De forma desenfreada, pois o amor é mais que faminto
Ele é um buraco sem fundo, é o vácuo do infinito espaço....
Perdido entre o silêncio e o barulho da dúvida de ser
ou não de fato amado.