Limitar o Limite

Limitar o Limite

Quando olhamos em nós

percebemos nossas misérias, egoísmo e vaidade.

Como somos pequenos e mesquinho?

Por nossos desejos, caprichos jogamos tudo pro alto

diminuindo o foco de nossos olhos

com tapas, olhamos para uma única direção,

sem ao menos refletir os nossos atos

e as machucaduras que vamos abrindo

nas pessoas que nos ama e que amamos.

Como um sádico, seguimos nossas paixões,

caminhando pelas ilusões,

escondendo da verdade, abrindo valas

que mais tarde seremos nelas colocadas.

Sangrando corações, destruindo famílias sentimentos.

Construindo ressentimentos

para mais tarde com a cabeça baixa

depois das desilusões

sentados na calçada, olhando sem direção,

servirão como justificativas

de nossas lamentações.

Arrepender é necessário, mas, mais que isso

é conhecer há si mesmo, limitar o limite

refletir a atitude, não mergulhar na inconseqüência,

não dar asa ao sentimento, não ociosar o coração,

nem dar tempo para o tempo

para que a paixão do momento

não se torne a prisão, de uma grande frustração.

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 13/02/2005
Código do texto: T4259