Éramos a espera
Éramos um ficar desacostumado
Não havia regras, não havia culpa
Apenas intenso desejo
De nos lançarmos em nossos braços
Éramos um fluir ardente
De nos possuirmos
Somente a imensa loucura
Cravada em nossas carnes
Éramos o travar da luta árdua
Entre nossas carnes e almas
A cumplicidade e o silêncio
Éramos o medo de sucumbirmos
Ficamos estanques
Suspensos
Na espreita
Na espera