Flor do limbo
Que é a flor em minha cabeça
Do que mais o amor a mim armado?
Faça prosa, finja que reconheça
O bebido homem mal raiado.
Mas a própria vida quero dar-te,
Oh rosa que me presenteia laços.
Como vagante amante me deixaste,
Longe d‘amores e fraternos abraços.
Ah! E se tudo fosse (tu)flores?
Viveria daqueles sonhos no teu olhar
E esqueceria da lembrança de que tu fores.
Para ser, aqui comigo, rei lançar-me-ia ao mar da crueldade,
Chegaria ao destino de meu limbo
E encontrar-te-ia nas lembranças de minha saudade.