O RECANTO

O recanto

A branca areia da praia,

Reluzindo ao entardecer,

O sol derrama seus raios,

Na água a se debater,

No vem e volta do mar,

Vindo a praia beijar,

Demonstrando um bem querer;

E aos passantes da tarde,

Deixando a brisa o sinal,

Que à noite vai chegar.

De pé, ficam o homem e a mulher,

Há tempo, em um banco sentados,

Olhares fixos na linha infinita,

Como se houvessem petrificados,

Buscando entender o sentido da vida,

Na paz e harmonia, hora vivida,

No sonho que sonham, de alcance intangível,

Por deveres, quase sempre imputados;

Se movem, caminham e se tocam,

Realismo e sonhos, vividos acordados.

A suavidade da paz se expande,

Na tarde, do dia que aos poucos se esvai.

Declina o sol por detrás do monte,

Caminham os passantes: uns felizes outros não;

Saudades deixadas do ontem ao hoje,

O amanhã sempre virá, quem sabe, talvez.

A este recanto, com certeza, outros virão.

Feitosa dos Santos, A

Rio de Janeiro, 16 de Maio de 2003.