QUANDO SE AMA UM POETA

Meu desejo atende pelo nome seu,

Passo horas à fio lendo a poesia que me deu.

Vivi minha vida simplesinha,

Agora, me vejo com vontades de ser sua rainha.

Posso sumir se assim você quizer,

Mas me incedeia com teus versos, me faz viver.

Presa me encontro a endossar tuas vaidades,

Sou ser incauto, sem seus recados, doente de saudades.

Sinto na boca o amargo do beijo que não me deu,

Trago em minha língua a energia para unir você e eu.

Em mundos distantes habitamos,

Mas em espumas flutantes nos encontramos.

Procuro ver os céus que astros povoaram,

Procuro um par de olhos que nunca me procuraram.

Te amo, mesmo sabendo do teu juramento.

Este sentimento dói como dez,como cem ferimentos.

Quero que ouça uma canção,

Cole teu ouvido ao meu peito, entenda meu coração.

Não me peças para que eu seja discreta,

Que discrição pode ter uma menina quando ama um poeta?

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 15/03/2007
Código do texto: T413837