*_ A DÉCIMA QUARTA VIDA...


Se precisar for esperarei você cruzar o rio...
E resistirei a milhares de anos para olhar tua
face...
Na seca e na chuva estive aqui...esperando.
Retornei para abrir os olhos dos que estão
escondidos.
Mas quem ele procura está num mar de
outras vidas, como elos perdidos.
As vezes se vive uma vida inteira sem saber
como fomos parar ali.
Quando a natureza falhar a vida contará
outras histórias.
As distancias sempre fizeram parte de tudo
que está contido em mim.
Não quero que me ache melancólico, não
sou, é meu jeito.
Por mais que quisesse mudar a essência
impossível, só a morte e a vida tem esse
poder.
Vou sempre me magoar por nada, e brigar
por muitas coisas intensas e interessantes,
mesmo que seja derrotado.

As lutas me atraem, mas não a guerra.
Um tipo de paz intensa, uma procura errada
e louca dos meus ideais.

Tudo é incerto eu sei, mas, continuo indo.

Sou talvez uma alma perdida nesse tempo
que por um engano do destino não criou raiz
nem vínculo com nada.
Digo isso porque vivo buscando um
contentamento um descanso, quando encontro
algo ou alguma coisa que me atrai.

Tenho medo de tocar, de sentir,
verdadeiramente.
É como se o medo de perder me paralisasse.

És meu tesouro escondido na floresta dos
meus sonhos.

Guardião!

Abra os portões, os dois Cavaleiros que
espera vem a galope trazendo a chave.

E estão chegando...com o frio da noite.