Amor dos Justos
Em tudo eu serei atento:
Ao que n'alma forma riso,
Ao que não morre com o tempo
E ao que muito na poesia friso!
Se em teus olhos brotarem pingos,
Encho um regador pr'as flores,
As quais no talo não nascem espinhos,
As quais nas mãos não causam dores!
Se porventura o nosso amor for cego,
Treinaremos o braille juntos!
Na inveja pregaremos um prego,
Viveremos o amor dos justos!