Dúbio cuore
Até nas vezes em que acredito, duvido,
A esperança é soft, e o hard, te nega;
Teu não, teria, talvez, o sim embutido,
Que no fogo do tempo espera ser cozido,
E misturado depois ao molho da entrega... ?
Não, é essa realidade, dura pra cacête,
Devaneio e seus bilhetes entre as grades,
A solidão se finge, submissa ao ginete,
Cavalga fantasiando fausto banquete,
Vendo saúde na própria insanidade...
Claro que ela pode assentar-se à porta,
Aberta para a vida, mas, não o meu sim;
Espera incorporada, devia estar morta,
Sussurra e seu médium apenas suporta,
A instrução que fabrico contra mim...
Nessa ambiguidade quase desespero,
Querer e esquecer essa dupla amola;
Esse é mui fugaz, e aquele é sincero,
Até posso dizer que não mais te quero,
Mas, esse adesivo vencido, já não cola...