Morena...
Que a morena que os olhos viam
O tempo congele e não passe
Que faça pintura na arte dos dias
Que as peles já unidas em cheiro e textura
Sejam confusão de dois num só
Que pra todo tédio seja cura
E que pros dias de alarde me venha calma
Na ponta dos pés, morena
Seja leve e tão serena
E que teu riso me arranque o sono...
E seja sonho... Tão breve desperte
E num hiato dos dias de chuva...
Quando tão logo o peito aperte
Desfila meus dias e noites...
Feito cena de filme sem cores
Que na memória resiste
Tal qual seus amores