O ÚLTIMO ADEUS
O ÚLTIMO ADEUS
Eu queria a paz, que tanto quis te dar,
Eu queria o amor, que não quisestes receber,
Eu queria o silêncio do merecido repouso,
Aos braços estendidos do querer.
Não soubestes cativar um grande sentimento,
Não olhastes, quão sublime esse olhar,
Não deixastes crescer um amor tão zeloso,
Fizestes a tristeza e a saudade em meu peito vir brotar.
Vai morrendo pouco a pouco esse amor,
Com palavra, quero eu, dita ao vento,
Queiramos nós, ou sem querermos, vai perdendo o calor.
E quando caído por terra, sob o relento,
Um corpo despojado e esquecido,
Não saberão os passantes, que ali passam,
Que este, já foi por ela o preferido.
Hoje, no solo, dorme o seu eterno sono,
Nos braços de uma deusa, chamada abandono.
Rio de Janeiro
Março de 2007
Feitosa dos Santos, A.