Menina
Desperta fascínio, menina
Mais que isso, impublicáveis noites despertas em mim
Apertas meu eu em mim mesmo e despertas demônios
Demônios engarrafados e entorpecidos...
Despertas insanidade, menina
E pra quê mesmo saber dos teus caminhos passados?
Despertas o fim dos dias nublados...
E me levas além das noites quentes...
Despertas a última dose e a primeira também...
Recomeços e "redosagens"...
Despertas trilhas novas e o querer da tua...
Andarilho que sou, por poeta ser...
No galope de dores e amores arquivados...
Desbravar a tua trilha confusa...
Cheia de vielas escuras...
Tomada de labirintos e animais famintos de mim...
Assim tu és, menina...
Sede de amor e correnteza...