Para você.
Sua beleza me embriaga a alma,
Os teus sorrisos me elucidam os sonhos,
O teu olhar me enobrece a vida,
A sua vida é dádiva da natureza.
Se como o vento, tocasse teus cabelos,
Sopraria leve para acariciar teu rosto,
Um simples lastro de gotas de tristeza,
Seria a chuva a matar sua sede.
Se em tua boca tocasse de mansinho,
Como a pétala da rosa mais vistosa,
Sedosa e doce na mais formosa seda,
Te pintaria os lábios de vermelho.
Este teu corpo, Davintiana arte,
Vitorianos gestos adornados parte,
Que em trejeitos, me toca o coração,
De ser teu príncipe, oh! — Grande ilusão.
Teus dedos longos, finos, sensuais,
Sobre teu corpo, em perfeita harmonia,
Em poses firmes e olhares poderosos,
Tornam-se quadros de épocas lusitanas
Em noiva, brilha em magistral cantiga,
Toda beleza que Deus lançou na terra,
E como o sol nos faz todas manhãs,
No horizonte a acordar o mundo.
Tu és mulher pra transportar destinos ,
Que doutra forma não via mais caminhos,
Em tal formoso corpo sem pecados,
Tu és rainha de toda ilusão.
Me jogaria de qualquer altura,
Se num relance vislumbrasse a fonte,
Dessa perfeita obra divinal,
A encantar momentos de pura lucidez.
Admirado, vejo teus sorrisos fáceis,
Enaltecido de conhecer-te a áurea,
Oh, encarnada Vênus! — A andar na terra,
Lúdicos flashes a deixar nos nobres.
Tu és tão bela quanto o amanhecer,
És tão perfeita quanto o entardecer,
Nesta jornada a vencer todo o dia,
Inspiração na alma de um poeta.
Oh! — Linda flor, inominável flor,
Se não existe, pobre natureza,
Que seja puro meu desejo agora,
De receber um beijo de teus singelos lábios.
Assim, dormiria em sono tão profundo,
Enfeitiçado em doces ilusões,
De ser um príncipe em histórias infantis,
De ser herói em guerras tão viris.