DEVANEIO
DEVANEIO
Não parei p´ra te olhar,
Eles também não pararam.
E você olhando ao longe...
É inútil mulher, gritar com os olhos;
Nenhum anjo te ouvirá,
Nem o homem dos teus sonhos.
Os olhos nada dizem,
Se a dor é reprimida em teu seio.
Assim cala no fundo de tu'alma,
O amor pronunciado sem palavras,
No sereno olhar,
Dos teus lindos olhos negros.
Cala no silêncio dos teus olhos...
Guarda-te a incerteza da verdade.
Quando teu corpo corroído pelos anos,
Ao seu último sono inclinar-se,
Dorme feliz teu eterno sono;
O amor nunca envelhece.
Feitosa dos Santos, A.
"Setembro de 1976"