INGRATA

Ela é linda, mas ele a chama de ingrata

Tudo porque ele a sustentou

Por mais de 25 anos

E a queria sempre dentro de casa

Lavando, passando, cozinhando...

Ela não podia se arrumar

Que ele a chamava de assanhada

Se os filhos se machucassem

Ela era a culpada e o máximo

De elogio que recebia era de que

Ela estava mais ou menos...

O menor carinho fora de casa

Era por ele repudiado...

Ela se sentia prisioneira, escrava

Estava saturada daquela vida

Além do mais ele tinha outras na rua

E não fazia questão de escondê-las...

Ela deu um basta!

Já foi até confundida com a Vera Fischer

É uma mulher que todos admiram

Desabrochou para a vida

Enquanto ele murchou e vive

Feito um zangão que não sai do jardim

Para os outros, hoje ele diz:

Esta mulher é uma ingrata...

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03.12.12

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 03/12/2012
Reeditado em 04/12/2012
Código do texto: T4017922
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