Amar ou Não-Amar?
Quando tuas mãos seguraram minha alma tão abatida,
E a dor ao imaginar te perder quase que me afogava,
Eu sentia através de teus olhos uma luz tão vívida
E todo o caos destrutivo que havia em mim se dissipava.
Ah! Se eu pudesse te confessar por meio de palavras o que sinto
Tão intensamente por você_ esse amor muito mais forte do que eu...
Mas temo estar a me iludir com este teu lindo olhar de jacinto,
Não quero mais causar angústia em meu coração que já tanto sofreu.
Vontade incontrolável de te ver agora, de te abraçar,
Misturado a este medo paralisante e pueril de rejeição;
Eu sonho tanto em ver tua alma em mim se enlaçar,
E curar as chagas que choram mudamente em meu coração.
Contudo não posso jamais te causar dor e decepção,
Logo a ti, minha linda poetisa_ musa de minha inspiração.
Será então melhor ocultar este amor tão transbordante de vida,
A fim de que nós dois não saiamos com a alma abandonada e ferida?
Amar ou Não-Amar: eis a questão.
Gilliard Alves