O OUTRO LADO
O OUTRO LADO
Não imaginei tão somente,
A sensação de voltar no tempo.
Buscar nas lembranças infindas,
Resquícios memoráveis de um dia.
Aquele, que em minha reminiscência,
Permanecerá até o ultimo momento.
Joga o mar, vem à onda vem à água,
Tangida, vem a areia, que também há de passar,
No sopro manso do vento,
No rosto um suave alento,
Ao deixar a vida, transcorrer seu curso.
Lá longe no infinito, se perdem os pontos no olhar,
No espelho da água refletida, um rosto se formará,
No azul esverdeado, dessa junção céu e mar,
No simbolismo da força e do poder,
Tercem no homem a teia,
Dos laços atirados como ergástulo,
Que prende, mesmo quem não está prisioneiro.
Coisas da vida, coisas do mar,
De um coração de quem busca
E que, apenas quer amar.
06/12/2006
Feitosa dos Santos, A.