Víço e Volúpia
A luz apagou-se no meio da madrugada…
E tu comigo estavas a dormir... em sonhos!
Intenso calor fez-nos despertar enfadonhos
E teu corpo lambuzou de carícias meu viço
Que adormecido mergulhava atônito no feitiço
De navegar contra uma correnteza de sabor sensual...
As vagas se quebravam diante dos desejos
E uma luxúria de prazer era o capricho
Que flutuava nas entranhas daquele nicho
Em que dois corpos se rendiam à ternura dos beijos...
Nudezes se embolavam em busca do orgasmo...
Mãos suculentas vagueavam em seu tato de ardor
Fazendo tremular as orquídeas que embelezam o sexo
E, de repente, a volúpia se concretiza no excelso amplexo
Que traz luz a uma penumbra em que se fala de amor!