Renascendo

Do pranto ardente, da dor persistente...

Nas lágrimas derramas, observadas pelo luar

não, jamais voltarei a amar ninguém, não desejo mais sofrer...

Estraçalhou meu coração, e partindo minha alma

Cegou meus olhos, arrancou meu pobre coração já tão ferido

Assim... O amor se desfez... E a desilusão se apoderou...

Agora nas trevas do meu coração, fechado para amar

Uma luz se fez, diminuta, mas ainda assim, presente

Tal qual a chama de uma vela, pequena, mas brilhante...

Cativando-me aos poucos e fazendo-me revelar novamente

Tua luz, tão quente, me chama para junto de ti

Mas... Quem és tu? Mal conheço-te e já estás em mim

Qual teu rosto? Seu nome? Por que estás ao meu lado?

Mesmo estando nas trevas, me trouxestes luz...

E banhada no sangue do meu sofrer, me acolheu

Apesar de todos os meus defeitos, aceitou-me e assim

Viveu ao meu lado, permaneceu comigo

Assim, todo o amor que dedicou ao meu ser

Fez brotar em mim, algo que pensei que já houvesse morrido

E das trevas, a luz ressurgiu... Do desespero, veio o amor...

Amor? Este que há muito tempo havia se perdido nas trevas?

Sim... O amor jurado nunca mais reviver...

Fez renascer em mim, tal amor... Invadiu-me de luz

Das minhas trevas esquecidas, surgiu o teu amor

Amável ser que curastes todas as minhas feridas

Agora, chamado Anjo, já que salvastes-me

Por mais que tentei, por mais que fugi

Enfim, fez renascer em mim...

Um novo amor!