Ladeira da dor
Quando eu, para ver você, subia aquela ladeira,
ira quase a correr. Chegava sem fôlego,
que maç podia falar com você depois...
E era tudo para ver você, por um momento, apenas,
e um momento, ganhar um sorriso teu...
Era um vai-e-vem de pessoas ao redor!
Como dói lembrar!... Logo em seguida,
você descia comigo a mesma ladeira
que eu achava tão longa na subida...
Falávamos de poesia... e mais nada.
E eu sentia a ilusão de que nesse momento,
eu era a sua musa
dos teus versos que eu lia sempre.
Lindos versos de amor!...
Quase sempre com final feliz,
com a proteção da deusa do amor,
que é quem me falta agora...
Quase sempre, também, um trovador,
cantando, como você, o seu amor...
(O trovador era você mesmo, tenho certeza)
A ladeira terminava e então você se despedia...
Como doía, quando você ia embora!...
E eu ficava a chorar: não mais via você...
E porque pensei nisso, estou chorando agora.
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Eu tenho no meu coração,
um grande amor por você...
E esta dúvida se você me ama
é toda a minha dor...
Por que você não vem, querido,
falar a verdade,
do teu amor por mim?