Ladeira da dor

Quando eu, para ver você, subia aquela ladeira,

ira quase a correr. Chegava sem fôlego,

que maç podia falar com você depois...

E era tudo para ver você, por um momento, apenas,

e um momento, ganhar um sorriso teu...

Era um vai-e-vem de pessoas ao redor!

Como dói lembrar!... Logo em seguida,

você descia comigo a mesma ladeira

que eu achava tão longa na subida...

Falávamos de poesia... e mais nada.

E eu sentia a ilusão de que nesse momento,

eu era a sua musa

dos teus versos que eu lia sempre.

Lindos versos de amor!...

Quase sempre com final feliz,

com a proteção da deusa do amor,

que é quem me falta agora...

Quase sempre, também, um trovador,

cantando, como você, o seu amor...

(O trovador era você mesmo, tenho certeza)

A ladeira terminava e então você se despedia...

Como doía, quando você ia embora!...

E eu ficava a chorar: não mais via você...

E porque pensei nisso, estou chorando agora.

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Eu tenho no meu coração,

um grande amor por você...

E esta dúvida se você me ama

é toda a minha dor...

Por que você não vem, querido,

falar a verdade,

do teu amor por mim?

Rosemary Chaia
Enviado por Rosemary Chaia em 10/11/2012
Código do texto: T3977986
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