Inebriado...
Torno-me um ébrio
Inebriado pelo som do vazio
Que tua ausência me fala...
Arrancaste-me as pétalas!
Uma a uma foram ao vento
Num turbilhão cinzento
Ansiando reencontrar minh´alma
Que em desespero, te chama!
Gritando! Chorando!
Anavalhando o silêncio assustador
Arrancando o véu da minha dor...
Revelando a frieza de suas sombras
Cravadas em minhas entranhas
Lágrimas rolam, banham!
De onde novos versos brotam...
Escrevendo a minha vida na tua
Compondo uma nova poesia
Onde eu possa desfalecer
Com o perfume do escurecer
Pra renascer nos teus braços
Acordando meu corpo lasso
Ao clarear de mais um dia!
Valdirene Nogueira
08/11/2012