Indomável


Dorme na penumbra da noite
o clarão do dia que há de vir
Raios apontam e se recolhem
Calma desordem
em tímidos e eufóricos devir

Aprisionadas umas as outras
numa cadência em disritmia
navegam cavernas neuronais
em tempo plural
ora no núcleo, ora na periferia

Musical diurno em noite escura
ver-se a dança do vagalume cego
Diz o pirilampo atordoado

Um dia quem sabe
virei a ser o que tanto me nego

 
Maria Celene Almeida
Enviado por Maria Celene Almeida em 08/11/2012
Código do texto: T3976053
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