A BELEZA , À LUZ DE UM POEMA
A BELEZA, A LUZ DE UM POEMA.
Não sou mestre na pintura,
Mas, aprecio o que é belo;
Descrevendo em prosa e versos,
Vou seguindo em paralelo,
Revivo em minhas lembranças,
Nuances do que guardei,
Dos sonhos ou das miragens,
Tiradas por onde andei,
Do real ao imaginário,
E de tudo o que amei.
Sonhando fui ao Olimpo,
Vênus me fez conversar,
Sugeri paz e harmonia,
Na face cândida a brotar,
Um brilho resplendoroso,
Ávido de amor e ternura,
Transpassado pelo olhar,
Como a um véu de brancura,
Derramado do infinito,
Das deusas, a formosura.
Uma obra pictórica,
Dos grandes mestres da arte,
Na leveza de seus traços,
E nos tons do arremate.
Suavemente pintada,
Via-se a delicadeza,
Gravura mais que real,
Cria da mãe natureza,
Diamante ao natural,
De imponência e beleza.
Não trago em minhas mãos,
Leveza para o pincel,
De traços nunca vergável,
Em tela ou no papel,
Mas, em palavras descrevo,
O que posso vislumbrar.
Em traços, delineada,
Um contorno sem igual,
Obra do Mestre Maior,
Imagem tão delicada.
É a mulher brasileira,
Pintura mais que real,
Nunca um mestre da arte,
Conseguiu fazer igual,
Não há lápis ou pincel,
Nem mestre e nem poeta,
Ou mesmo um menestrel,
Gênio capaz de transpor,
Na tela ou no papel,
Todo esse esplendor.
Dezembro/2006
Feitosa dos Santos