Inconstância

Essa distância me fez sentir segura, como pedra forte, interditei meu coração a possíveis sentimentos.

E como uma boa ariana, vivo no meu mundo, buscando um amor profundo, por conviver com essa realidade, sei que amar demanda um certo tempo, ou no meu caso, basta estar viva.

Escrevo com tantas incoerências, cerimônias, medo, tudo isso, para simplesmente admitir um possível “acho que estou gostando de você”, onde certamente nunca irá saber, pois minha alma sombria e doente, encontra-se condenada em estado terminal, inacessível ao amor.

Só sei que tudo é tão meu, nada seu!

O meu sofrimento. Só eu sinto. Só eu sei...

Minhas experiências, não são de rosas perfumadas, mas de espinhos afiados, como navalhas.

E a única coisa que consigo recordar são das noites vazias, das lágrimas, inundando meus olhos, escorrendo em meu rosto, sem ninguém para enxugar.

Quanta vez aquietei meu coração, abraçando meu corpo, me embriagadando na solidão.

Meus olhos transmitem imagens de abandonos, sinto meu peito frio como lâmina gelada, sem sentimentos.

Ao confessar tudo isso, peço encarecidamente, nunca me inveje, desejaria te amar incondicionalmente.

Tenho feridas abertas, incapazes de cicatrizarem.

Portanto, me condene e sinta pena, mas no final me compreenda, e se um dia chegar a amar alguém assim, lembre-se de mim.

Meu erro foi acreditar em contos de fadas.

Mas se ao ler isso, sentir compaixão idealize um amor seguro, puro e verdadeiro, onde traga luz e paz ao meu ser.

Desejarei do fundo de minha sofrida alma, outra chance quem sabe, para tê-lo em minha vida esqueceria o nunca e ficaria feliz com um simples talvez.