Debaixo de Uma Árvore Qualquer...


Quando o sol rompe o breu da madrugada
O gado segue em fila até a invernada
Eu fico olhando aquela bonita cena
Com a saudade doendo no peito dessa morena
Então fecho os meus olhos e tento lhe chamar
Mas para que o outro seja feliz
Muitas vezes temos que nos calar
Amadrinhando o gado
Só vejo poeira no estradão
Se ele rasgasse meu peito
Só amor encontraria nesse coração
Meu pensamento para muito longe vai
Suspira sem piedade moça de Batatais
Talvez ele hoje nem olhe para o céu
Quiça se lembre dessa cabocla chamada Raquel
Só me resta repicar meu berrante
E se por acaso ele ouvir mesmo que distante
Peço que não chore nem que tenha vontade
Apenas se recorde dessa moça com saudade
Porque debaixo de uma árvore qualquer
Mesmo que ele não saiba
Ninguém o ama mais do que essa mulher...





                              

Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 16/10/2012
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