Das coisas de Amor...

Sugere-me o silêncio,

que minha alma leve,

visita-te o Ego,

insatisfeito e inquieto,

musculoso.

Tátil, fogoso, ereto,

afoitamente, vaidoso...

Desleixo o corpo,

num leito de expectativas.

E sem qualquer cuidado,

percebo,

que tua sombra espaçosa,

espreguiça-se,

no meu cansaço...

É tua silhueta,

que insinua-se.

Contempora,

sobre o nosso acaso,

e ainda assim displicente,

deixo o corpo,

ali ao largo...

Nada é mais real,

que a imperfeição,

que ali se instala.

Tuas mãos declarando,

um monólogo segredo,

ao percorrerem-me,

extasiadas...

E meu coração,

decifrando,

o que tua alma esconde,

quando o olhar recita,

o beijo inacabado.

Pintura, Partitura,

a Obra incompleta...

O amor,

que a breve forma louca,

nos lençóis habita...

Silêncios e carícias,

conspiram sintonia.

Em espasmos que irradiam,

um Sol, a cada dia...

Angra dos Reis e de Saudades

25/02/2007

00:54hs

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 24/02/2007
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