AMORES EM EXTINÇÃO
Há no ar um mar
em versos.
Há no Universo,
um ar perverso.
O passado,
que é o futuro gasto,
recorda relógios.
E o espaço,
em infinitos centímetros
quadrados,
não consegue mobiliar
tantos cômodos.
Como é incômodo
repensar.
Porque pensar
foi ontem.
O amanhã curtirá
as mazelas
no acético ácido
doce azedo
de amores em extinção.
(Reedição vespertina)