Por entre teus segredos
E será sem querer... Num passo despretensioso...
Que irás me querer, sem querer, como nunca ou como sempre
Ainda não sei se passeei teus becos
Mas saberei que me perdi em teus labirintos
Vielas tão tortuosas, sinuosas ruas a me tragarem
E por tudo que deva ser... No silêncio dos olhares nunca confrontados...
Anteposto meu querer à racionalização do teu destino
Encarar teus lábios censurados
Agarrar-me aos mais íntimos dos desejos teus
E se pouco ainda for... Num salto infinito dos risos tão contidos...
Me transforme em antídoto pros dias nublados
Pros dias quentes e de fome de amor
Seja doce, levemente áspera ao fim, mas sem causar dor
E por tudo que for... Que seja sempre (pro)fundo do copo
Num gole, longo, demorado... Sentido
Que invada ouvidos e bocas...
Arraste-se pelas peles confundidas em textura e perfume
Que sejam dois corpos num diálogo inadiável e sem tempo
E que sejam perdoados... Mas perdoados pela insanidade de amar além dos códigos e convenções
E que amar seja mais livre que a própria sede de liberdade...
E que a encontre por entre teus caminhos vastos de saudade