Na porta da geladeira
Pros dias de tédio... Um romance na rede
Inspira a alma, atrai sorrisos, mata a sede
Pros dias de multidão... A calmaria do teu coração
No fim dos olhos, estreitos becos, ainda são
Pros dias quentes... Teu corpo ainda mais quente
Pra nada sobrar, num gole só, espalhar o que se sente
Pros dias frios... A tua batida na porta...
E os teus braços me provocando abraços longos
Pros dias de solidão... Meus versos de perdão e só
Soltos ao vento e que um deus qualquer, de mim, tenha dó
Pros dias de fúria... O mar ainda mais revolto
Num embate cruel pelo que me levou de mais bonito
Pros dias de ventania... Largar-me do alto dos sonhos
Encontrar teu cheiro vagando e prender-me nele
Pros dias de reencontro... Um poema rabiscado no bolso de trás
Deslizá-lo como tudo que foi intenso
Feito a brisa de um amanhecer, sem ti, suspenso
Pros dias de amor...
Mais amor