Carnaval de nós dois
E a bandinha que passava lá na rua
Anunciando o carnaval de nós dois
Já trazia o Pierrot, poeta e louco de amor
Que amava Colombina, tão menina, moça e flor
O palhaço só de versos se fazia
Tanto amor que declarava e de paixão é que vivia
Encontrou em Colombina o amor pro seu poema
Fez-se mar e encantar, os seus versos declamar
Colombina tinha verso e prosa a seu dispor
Tinha o guarda, delegado e o malvado brigando por seu amor
O Pierrot que não era besta, tão logo se preparou
Fez a barba, pôs perfume... Rapidinho se ajoelhou
E pediu a Colombina lugarzinho no seu céu
Que o inferno ele já tinha ao ficar sem o teu mel
Pierrot era poeta, alegre, triste, sonhador
Colombina era menina, borboleta, beija-flor
Pierrot e Colombina se prometeram um pro outro
Fez-se o sol e fez-se a chuva inundando o céu dos dois
E de amor os dois viveram e o fim só pra depois
A bandinha anunciava o amor de carnaval
Diferente de outros tantos por não ser só vendaval
Pra não virar cinza a quarta-feira o palhaço declarou...
Seus sorrisos e seus versos no carnaval de seu amor
Colombina que sorria já no sonho do Pierrot
Abraçada a seu amado... De peito aberto ali ficou
O coração dele pra ela... Ela dele se tornou
Dois sorrisos, um motivo
Para sempre um amor