Em busca do porquê
Andava pelo mundo sem mais nem por quê
Definhando na rotina
Preso à solitária, com os sonhos condenados ao mofo
Devido à umidade de minhas lágrimas
E o calor censurado de meu coração
No onde e quando improváveis
Um vislumbre de porquê se concretiza. Sem porquê.
Devolveu-me à vida com seu toque milagroso,
À capacidade de enxergar a beleza
Ofuscada pela miséria dos covardes e suas convenções
Me deste asas e a possibilidade de batê-las rumo ao infinito
Infinito que desejo sobrevoar ao teu lado
As mãos dadas para não nos perdermos
Entre inúmeros caminhos que levam a muros sem saída
No labirinto das futuras incertezas
Éramos duas almas perdidas em busca um do outro
Nossa história fora escrita antes do nada
Em um canto de página do rascunho do paraíso
És o verso conceitual da perfeição
O adjetivo da beleza
A vela na escuridão e a venda da visão
O porquê da existência