Os dias
Os dias, Amor, não memorizam nada,
porque memorizo eu o tempo todo.
O teu amor, faz-me animar o ego
e cada hora em mim, jamais se apaga.
Feliz eu sou, e a feliciade é o doce
deste rio partido pelas águas.
Sou as margens, sou a correnteza
e o fluir de ir no mesmo sonho teu.
Os dias, Amor, nem tudo apaga,
mas o que não apaga não avança, onde há amor.
Nem seca o rio, onde somos remos.
Amo-o. E no existir estou solta,
solta de imensidão entre os versos,
e disposta a ser rima até nos controversos.