TÁLAMO DE AMOR
TÁLAMO DE AMOR
Lá estava você
Uma bela mulher,
Com tudo que se pode desejar,
Com tudo o que da prazer,
Estavas em seu mundo
Como num carrossel,
Onde se brinca de amor,
Como o inferno inteiro
Que incendeia o mais profundo,
Dos corações, despertando paixões.
Eu indefeso, a sonhar;
Na seiva do teu olhar
No calor de teus seios,
A afagar meus desejos
E minha vontade de amar.
Estava ali toda a loucura
A qual eu mais desejava,
Uma bebida rara
Um oceano de fogo,
Lá estava você...
Suas ondas insanas
Cheias de malícia...Doce tortura
A que mais me atraia
Para essa vida tão ébria,
Lá estava você a mais procurada
Uma bela Eva,
Em seu tálamo sensual,
Cheio de afrescos insanos,
A mulher mais amada, e,
Talvez mais impura,
Mortífera como punhal
Em mãos dementes.
Então, tiro lhe a auréola.
De tua escassa pureza,
Descendo pelo teu pescoço
Torneado de perdição.
São horas de loucuras
Noites de libertinosas lições,
E nos fartamos inteiramente
Um do outro...
Nada mais é segredo,
Nos amamos deliciosamente.
II
Silhueta despida,
Pele que exala perfumes
Onde se dissipam as lágrimas
Até que a noite murche,
Murche como a flor
E caiamos desfalecidos,
Embriagados de prazer
Em nosso tálamo de amor,
Como mortos...
Numa noite iluminada
Por estrelas eternas,
Caídos num abismo insaciável
Que nos causa vertigens,
Até que o sol renasça.
Somos dois loucos
Num novo dia... Ardente,
Nós juntos, renascidos...
Apaixonados... Jovens amantes
Vulcões fumegantes,
Expelindo desejos
Não mais proibidos.
Neste tálamo de sonhos,
De beijos,
Surgem novas forças
E lá esta você...
Jogada, sob o véu da sedução;
Pronta para um novo jogo,
Que passa tão rápido
Como chuva de verão,
Mas que mantém a vida,
Em sua evolução.
Eu e você,
Nós e o amor,
Veneno e paixão
Que nos fez viver,
Renascer...Sofrer...
Procriar...... Morrer...