ONDE ESTÁS?...

Contristado, sob o beiral da saudade,

Fiava o comprido colar da nostalgia,

Espiando ao longe os sofridos passantes,

Já não chorava... Pulsava de amor e,

Fustigado, do meu peito arrancava

As gemas e outras joias de amor perdido.

Via ao entardecer, na noite que se aproximava,

O zimbório celeste enchendo-se de estrelas,

Quais se fossem olhos brilhantes, porém,

Não enxergava teus olhos, não retornavas...

Mas, só os teus olhos dão-me a visão da vida,

E só a minha vida dará olhos para tua visão...

Onde estás, ignoto amor, que não ouço

Tua voz cuja música acaricia meus ouvidos?...

PEDRO CAMPOS
Enviado por PEDRO CAMPOS em 31/08/2012
Reeditado em 04/09/2012
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