ONDE ESTÁS?...
Contristado, sob o beiral da saudade,
Fiava o comprido colar da nostalgia,
Espiando ao longe os sofridos passantes,
Já não chorava... Pulsava de amor e,
Fustigado, do meu peito arrancava
As gemas e outras joias de amor perdido.
Via ao entardecer, na noite que se aproximava,
O zimbório celeste enchendo-se de estrelas,
Quais se fossem olhos brilhantes, porém,
Não enxergava teus olhos, não retornavas...
Mas, só os teus olhos dão-me a visão da vida,
E só a minha vida dará olhos para tua visão...
Onde estás, ignoto amor, que não ouço
Tua voz cuja música acaricia meus ouvidos?...