NOITE INUNDADA
NOITE INUNDADA
A noite inudada de estrelas
Convida o espírito no tempo!
Flores!
Apenas pedras
Traços longos, concretos,
Em que se rasgam prolixas
Ninfas que ofuscam Esdras!
São as palavras que cobrem
A noite inundada
De gentes,
Flores rabiscando as mentes
E as fontes,
Em chuvas perpétuas
De carinho, amor!
Ai! Flôr ingrata,
Nascida no deserto de uma fraga,
No ventre que ninguém afaga,
Na melancolia do barulho,
Banhada em moléculas
Aquelas, as tais,
As mais concretas,
Que singram na noite e no breu!
Ai, do dia invejoso do homem
Espelhado no céu!
Aqui vós, confrades,
Que na arte vistes
As palavras, o regaço , a distãncia
Que estão além!
Porque o artista
É vivo,
É Arte,
É mundo!.
Os gestos são o sangue !
Eis aqui nas telas, afeição
Os amigos que são frutos,
São caricias e produto
Que afagam noites
Porque D-us assim o quiz
E fez do Homem seu espelho
Para amar
E Ser feliz!
José Domingos