Carta amarela
Onde será que estás agora
O que do meu coração saiu-se em letra
Perdurou em linhas traçadas, margens borradas
O pequeno rabisco que pus na gaveta.
Era um enfeite tão meu
O que tinha era seu
O amor que senti e não quis te contar.
Foi um simples rascunho
Do meu próprio punho
Uma poesia velha, em folha amarela
Que não quis entregar.