Carência de amor

Transformei-me em água

Quando a bela ao sentir a garganta seca

Sussurrou baixinho a falta que sentia

Ao sentir que minha matéria

Aos poucos se desfazia

Pulei no lago e a chamei.

Sentindo que a saciei

Pude prover da sua energia

Percorrendo seu corpo

Numa caminhada de transformação

Minha água começou a esquentar

Refletindo o calor em seu rosto

Logo começou a suar

Devolvendo-me a vida

Que a pouco lhe emprestara

Num ato de pura troca.

Senti suas emoções

Quando em forma de água

Fiz parte de seu sangue

E num giro de muita rapidez

Pulso em seu coração

Até saber o que passou não foi ilusão.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 16/02/2007
Reeditado em 17/02/2007
Código do texto: T383503
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