A quase perfeita definição do amor (1999)
A quase perfeita definição do amor
O amor, estranho
É metonímia, parte pelo todo, antítese, todo pela parte
É metáfora, linguagem fática, suspiro!
É jogo é jogado e jogado, recolhido pra brincar depois
É linguagem, da língua silenciosa que murmura atrás do muro
É literatura que não se lê , vive
É o vão da porta do coração , infartado
É o prisma do olho cego no escuro colorido
É paixão sem pai nem chão
É um abismo que abisma
É santo é pecado é recado
É dado de sete faces, faca de três gumes
É corpo, alma, carbono, amônia, realidade imaginação
É cruel, é cru
Ó amor, quem?!
Tamnil Saito Junior
(1999)