... Que me inunda...
Vem de um jeito assim...
Inunda, afunda
Invade, inunda o peito
Sem abrir comportas
Me conforta a alma
Me rega em madrugadas consentidas
Me apresenta seus naufrágios de amor
Vem vestida em quase nada
Num contraste com a pele branca
Num oposto do bem e num mal que só me faz sorrir
Me apresenta olhos indecifráveis, incalculáveis, insanos aos meus
Um cheiro sem qualquer perfume... O de pele, o que me agrada, a pele que marca
No inverno que recria só pra me trazer pra debaixo dos teus braços
Os que envolve e afasta... Reata, sacode sentidos, revira e lustra sonhos
Me afoga no que inundou...