De nome coração
Tinha uma ruazinha,
Longe donde vivia
Que figura um céu divino.
Lá, a paz, emancipa.
E bem devagarzinho,
Ao raiar dos dias,
Via, da janela, as brumas que lá tinham,
Nuvens brincando de cortina!
De prédio e progresso
– graças! –
Não possuía.
Escutava, até, os grilos e as cigarras,
Que junto ao balé da minha fumaça
As acompanhava.
O tempo daquele lugar...
Coisa mais infinita!
Os minutos eram mais longos
E as horas mais curtas,
Só para, o relógio, eu não olhar.
E como não poderia, diferente, de ser
Sabes que andei pensando em você?
Aqui nesta rua sem saída,
Minha sossegada avenida,
De nome coração...