ELA, CIGANA

Sou mulher do tempo, guiada pelo vento;

sou mulher do Sol e amante da Lua;

sou mulher da rua.

Sou mulher da luz e da escuridão,

minha casa é a imensidão.

Sou feiticeira antigamente perseguida,

mas ainda por muitos temida.

Sou andarilha sempre em busca,

guerreira sempre na luta.

Sou mulher de escolhas e de opinião,

vejo o destino na palma da mão.

Sou mulher de muitas diretrizes,

traçadas por minhas cicatrizes.

Sou mulher de corpo frágil,

mas de alma forte.

Sou a força de toda uma vida

e prova da inexistência da morte.

Se um dia eu cruzar seu caminho,

agradeça, moço, pois poucos têm essa sorte.

Tânia Bispo
Enviado por Tânia Bispo em 16/07/2012
Reeditado em 07/02/2013
Código do texto: T3780047
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