POEMA MORTO

Ele surge com a humilde criatividade de um pastor semeando seu banho

Sempre na hora certa, não se atrasa, não se ilude não se guarda

Carrega a sua ferida cúmplice de um passado de ilusão cheio de sonhos

Deixe o tempo ele passa e você se enquadra na moldura do quarto

Fecho as janelas e o que eu vejo são brisas de medo

Refugio das civilizações modernas de luxo barato

Regada a ferro e fogo, com um cheiro de desgosto

resplandece na semente da madrugada do terror

Hoje é um dia obscuro calado e maduro

A sombra fletarva no meio da calçada

O relógio dispara e o ritual começa

Negras nuvens da madrugada recolhem almas obstinadas

abner kayali
Enviado por abner kayali em 08/07/2012
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